Presidente Dilma começa a se recuperar e aprovação sobe a 54%, diz CNI/Ibope

Em julho, o índice de aprovação pessoal da presidente era de 45% e a avaliação negativa atingiu 49%.
Depois de cair 26 pontos percentuais em julho, período posterior às manifestações que tomaram as ruas pelo Brasil, o índice de aprovação pessoal à presidente Dilma Rousseff subiu nove pontos percentuais. É o que aponta a pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em parceria com o Ibope, divulgada na manhã desta sexta-feira (27). O levantamento aponta que 54% da população aprova e 40% desaprova Dilma, além de 6% que não sabe.

Em julho, o índice de aprovação pessoal da presidente era de 45% e a avaliação
 negativa atingiu 49%.
Em relação ao governo, em julho, 31% dos entrevistados o consideravam bom ou ótimo, 37% achavam que o governo era regular e 13% achavam a administração federal ruim ou péssima. À época, 1% dos entrevistados não souberam ou não responderam à pesquisa.

Esse quesito também obteve melhora em setembro. De acordo com a pesquisa, 37% consideram o governo ótimo; 39% regular; 22% ruim ou péssimo; e 1% dos entrevistados não souberam ou não responderam à pesquisa.

A margem de erro é dois pontos percentuais para mais ou para menos. A CNI/Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 14 e 17 de setembro
Esta é a segunda pesquisa de setembro que aponta recuperação de popularidade no governo. No início do mês, uma pesquisa promovida pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) junto ao instituto MDA apontou que a aprovação de Dilma subiu de 49,3% para 58% entre julho e setembro.

Ontem, pesquisa também do Ibope encomendada pelo jornal "O Estado de S. Paulo" apontou que a presidente Dilma tem 38% das intenções de voto na corrida presidencial.

Em relação à aprovação pessoal da presidente, 52% dos entrevistados diziam confiar em Dilma. Do total, 43% afirmam não confiar em Dilma e 5% não responderam. Em julho, 45% confiavam e 50% não confiavam em Dilma.

Em comparação aos governos anteriores, a aprovação de Dilma está menor do que a de Fernando Henrique Cardoso e maior do que a de Lula no mesmo período dos respectivos mandatos. No terceiro semestre do primeiro mandato, FHC tinha 55% de aprovação e Lula, 45%.

Recuperação lenta
Apesar de ter subido em relação à última pesquisa de popularidade da CNI/Ibope, o índice de aprovação de Dilma ainda menor do que o apresentado antes das manifestações. Em junho, 71% dos brasileiros aprovavam o governo brasileiro.

O índice divulgado hoje é o segundo pior de Dilma na série histórica da CNI, realizada desde o início do mandato de Dilma, em 2011. Desde 2011, a aprovação pessoal à presidente vinha se mantendo acima dos 70%, com exceção de julho de 2011, quando ela obteve 67% de aprovação.

"Em relação a julho, é natural perceber o crescimento do governo até pelas medidas que ele tomou no período", diz Renato da Fonseca, gerente executivo de pesquisa da CNI.

Entre os assuntos mais lembrados pelos entrevistados, a espionagem norte-americana lidera, com 21% de menções. Políticas e programas sociais foram lembrados por 19% e manifestações, que em julho foram o assunto mais citado, foram lembradas agora por 14% das pessoas.

Saúde é área pior avaliada
O levantamento da CNI/Ibope mostra ainda um grande descontentamento da população em relação à saúde, área que apresentou maior rejeição: no total, 77% dos entrevistados afirmaram desaprovar as políticas e ações na área de saúde.


Em comparação ao mês de junho (período em que foi feita a última pesquisa sobre áreas específicas do governo e em que houve manifestações nas ruas em todo o Brasil), o descontentamento da população em relação à saúde subiu de 66% para 77%.

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