Igreja pede para fieis darem falso testemunho de doenças para arrecadar dinheiro

Depois de perder horários na Band e Canal 21 para a Igreja Universal, a Igreja Mundial resolveu apostar alto na tentativa de arrecadar fundos para comprar uma emissora na TV aberta.
Uma carta começou a circular na internet e mostra que, supostamente, o apóstolo Valdemiro Santiago (FOTO) pediu aos fiéis que dessem falsos testemunhos de cura, para atrair mais pessoas à sua igreja (VEJA ABAIXO).
No documento, há um espaço em branco para o pastor responsável preencher com o próprio nome e também orientações para o seguidor, que deve ter disponibilidade para viagens.
'Estaremos pagando uma ajuda de custo. Procuramos pessoas para se passarem por enfermos curados, ex-drogados e aleijados', diz parte da carta.
Na sequência, o texto explica que a organização precisa muito de ajuda para 'aquisição do canal 32', pertencente ao Grupo Abril, que era utilizado para a transmissão da MTV.
'Esta é a maneira mais eficiente de conseguir convencer as pessoas que realizamos milagres. Com isso, certamente irão contribuir financeiramente com a nossa Igreja', finaliza a carta, que também orienta a pessoa a destruir o documento, caso não tenha interesse em participar da ação.
A Igreja Mundial do Poder de Deus passa por grave crise financeira. Devendo entre R$ 13 milhões e R$ 21 milhões para o Grupo Bandeirantes, perdeu a locação de 23 horas diárias da Rede 21 e de três horas diárias nas madrugadas da Band.
O espaço será ocupado justamente por sua principal rival, a Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo.
Em culto transmitido pela TV, o apóstolo Santiago praticamente se despediu da Rede 21 e convocou seus fiéis da Grande São Paulo a segui-lo pelo canal 25, de cobertura muito fraca.
A igreja vem fazendo intensa campanha para viabilizar seu projeto de televisão. Pede "ofertas de R$ 100,00" durante a transmissão de cultos.
Durante duas semanas a reportagem tentou uma entrevista com alguma autoridade da Igreja Mundial, mas a igreja se limitou a informar que o bispo Jorge Pinheiro, segundo na hierarquia interna, declarou que "a informação não procede". 

MSN
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